
Que tipo de governo esta cidade possui?
Quando jogamos um RPG medieval como D&D é costumeiro que usemos apenas o sistema de reinado, pois é um modo que todos já estão acostumados, mas um sistema político onde as pessoas escolhem seus representantes também pode muito bem ser encaixado.
Quando se faz uma escolha dessas o seu jogo ganha uma nova cara, muitas coisas podem mudar, talvez questões que antes você resolveria com um simples “Corte a cabeça” agora talvez ganhe algumas horas de diálogo entre os jogadores. O contrário também é válido, pois você pode resolver muito dos seus problemas que são muito simples, como, “Quem deve pagar pela destruição cometida entre os dois ferreiros” com um simples. Os dois pagam, ou eu lhes corto as cabeças.
Qual a tendência desse governo
Tanto reis tiranos quanto os reis mais bondosos de todo o mundo possuem um modo de reinar e isso deve ser exaltado durante o jogo. Faça os players realmente sentirem medo se o Rei for um louco que por qualquer motivo coloca a cabeça dos moradores na ponta da lança, ou façam eles amarem tanto aquele rei que ajuda tanto o reinado a ponto de os jogadores até fazerem favores para o rei, sem nem ao menos cobrar uma moeda.
Para o segundo modo também é valido. Quando se tem um rei que ajuda todo o seu povo, é algo fabuloso, mas se torna uma cidade mais prazerosa ainda quando existem diversas pessoas trabalhando para que a cidade tenha um crescimento benéfico para todos.
O sistema político, como vemos hoje em dia é sem dúvida um estilo de jogo que vai causar impacto aos jogadores, pois é muito intenso quando a sua vida depende de que a maioria dos políticos votem a favor da sua vida ou não.
Militar ou Religioso?
Nem sempre esses dois andou de mãos dadas, principalmente num cenário medieval onde tudo é tratado de forma “Dramática”.
Quando se trata de escolher esse tipo de coisa, eu prefiro que os jogadores possam decidir, isso faz com que eles ganhem uma satisfação a mais durante a campanha, sabendo que tomou decisões importantes.
Pedir para que os jogadores decidam o que comanda a cidade onde eles moram, traz muitos diálogos para a campanha, fazendo com que o jogador até mesmo aprenda um pouco mais sobre ele mesmo.
Se a maioria escolheu que os militares comandem tudo, mostre tudo que a de bom e tudo que a de mal na escolha dele, isso certamente o fará pensar, da mesma forma que os jogadores que em sua maioria escolheram que a Religião ordenasse tudo veja as coisas por outros olhos.
Faça com que seja importante
Sejamos sinceros, mas acontece muito de que esses detalhes sejam totalmente ignorados pelos jogadores. Quem se importa se o rei é um bêbado que tem diversos filhos pela cidade? Quem se importa que os militares estão batendo em criança na rua e agindo como trogloditas?
Muitos aventureiros são capazes de realmente não se importar com nada que acontece a sua volta, pois ele sempre imagina que ele nunca mais voltara naquele lugar, ou que ele morrera a qualquer momento (infelizmente, muitos jogadores acham que vão morrer a qualquer momento no jogo).
Isso em tese, não é culpa de dos jogadores, nem do mestre, pois realmente é difícil que a cada cidade que os jogadores parem eles queiram aprender sobre tudo o que acontece naquele local, mas isso pode totalmente ser mudado se o mestre desejar trazer algo mais profundo para aquela cidade, então se o mestre quer que a história da cidade seja mais aprofundada, invista nisso, desde a festas e guerras, como apenas pessoas olhando com rabo de olho e mulheres andando de cabeça baixa, isso certamente trará a curiosidade de todos os jogadores.
Conclusão: Assim como na matéria anterior que falamos sobre religião, é normal que esses detalhes acabem sendo deixados em terceiro plano, mas acredite, se todos se aprofundarem, mesmo que seja o mínimo, a sua campanha ira enriquecer muito na história e na interpretação.