Crítica – Moana: Um Mar de Aventuras

Depois de Frozen, a Walt Disney Animation Studios anda acertando na mão ao fazer filmes com personagens femininas (as então ‘princesas’) fortes, decididas e sem um interesse amoroso em questão. Com Moana esta linha foi seguida, porém com uma pitada mais aventureira. A garota tem espírito de exploradora, não teme as adversidades mesmo que não saiba como enfrentá-las, e se mostra corajosa do início ao fim.

SINOPSE

Moana é filha do chefe da tribo e desde pequena tem de lidar com o fato de que um dia será a sucessora ao cargo do pai. Mesmo ciente do seu futuro, Moana sente atração pelo oceano e tem vontade de explorá-lo, porém sempre é reprimida pelo pai, que diz que o lugar dela é ali com a família e seu povo.

Quando um estranho fenômeno começa a acontecer e a colheita da tribo apodrece, a pesca fica escassa, Moana terá que encontrar o semideus Mauí para que ele a ajude a salvar a Mãe da Criação, que está morrendo e devolver seu coração.

OPINIÃO

Moana é o símbolo da representatividade e mostra que a Disney está cada vez mais heterogênea ao mostrar suas heroínas e heróis. Interessante ver como que o semideus Maui no início não leva fé nenhuma na garota e até chega a dizer que a protagonista é uma princesa apenas por ser filha de um líder e ter um bichinho de estimação. Fiquei bem irritada com Maui no início por conta de uma atitude bem machista, mas no final Moana não liga para tais comparações e mostra seu valor, o que faz com que o semideus repense seus argumentos.

É importante as crianças verem esse tipo de situação, pois explica o que muitas garotas/mulheres passam e sofrem simplesmente por serem apenas do sexo feminino e o mundo enxergar isso como “fragilidade”. É incentivo sutil no combate ao machismo.

A animação está primorosa e leve, porém as partes que mais chamaram minha atenção eram as noturnas, em que se mostrava as estrelas e o reflexo delas no mar. Disney sempre nos levando a loucura!

Toda animação que se preze da Disney rola uma musiquinha e com Moana não foi diferente. As músicas são tão profundas e emocionantes quanto as de Frozen e traduzidas para o Português ficaram sensacionais. Sou sincera quando digo que chorei ao ouvir a música “Ser Quem Eu Sou”. A original escrita por Lin-Manuel Miranda não fica para trás da versão traduzida, não. Ambas versões são muito boas!

Moana realmente chegou marcando o ano de 2017 ao mostrar uma garota independente, sem foco amoroso e com espírito aventureiro e ao mostrar também Maui, um semideus gordinho que é meio babaca e esnobe no início, mas constrói com a protagonista uma bela relação de amizade na jornada para entregar o coração da Mãe da Criação. Emociona tanto os pequenos quanto os mais velhos daquele jeito único que a Disney sabe fazer.