O humorista e colunista da Folha de S. Paulo Gregório Duvivier deu o que falar por toda parte nas redes sociais ao publicar um texto sobre como conhecera a ex-mulher e também atriz, Clarice Falcão. Se foi tudo uma estratégia de marketing para o filme que ambos acabaram de lançar com nome “Desculpe o transtorno” (ou não) não sabemos, mas é impossível não se comover ao ler a história do casal Porta dos Fundos, que chegou ao fim em novembro de 2014.
Dirigido por Tomás Portella e distribuído pela Disney/Buena Vista, confira a crítica desta leve comédia romântica.
SINOPSE
Eduardo (Gregório Duvivier) precisou realizar uma escolha importante quando era muito jovem: ficar com a mãe no Rio de Janeiro ou ir para São Paulo com o pai. Tendo decidido ir para a terra da garoa, Eduardo acaba se habituando com os paulistas e hoje, já um adulto, trabalha na empresa de seu pai.
Quando ele recebe a notícia de que a mãe havia falecido, Eduardo decide ir ao Rio. O que ele havia se esquecido era do quanto tinha viva a alma de carioca e é aí que seu alter ego Duca aparece em cena. Totalmente o oposto de Eduardo, Duca gosta de viver a vida de uma forma leve e bem carioca. O que nenhuma das personalidades espera é conhecer Bárbara (Clarice Falcão), uma hipster doidinha que adora ajudar pessoas a resolverem seus problemas.
OPINIÃO
Apesar de ter visto bastante críticas negativas quanto ao filme, eu me surpreendi! Talvez deve ter sido pelo fato de que fui bastante pessimista em assistí-lo. A história em si não é das mais inovadoras, porque já existem filmes (muito melhores e mais profundos) em que o protagonista tem um alter ego (tipo Clube da Luta, sabe?), mas eu gostei da leveza com que essa nova personalidade foi tratada.
Além disso, essa confusão na cabeça do Eduardo é interessante, porque é uma guerrinha que sempre vemos por aí de quem é melhor: o carioca com sua leveza de viver, ou o paulista mais corporativo e sério? Na verdade, o filme mostra exatamente que não há porquê ter essa rixa e que ambos são ótimos, basta ter um equilíbrio, que é o que o personagem tenta buscar.
Adorei a personagem Bárbara vivida pela Clarice Falcão, mas isso porque me vi muito nela. Aquele estilo de ser amiga de todo mundo, ser mais mente aberta, sem julgamentos e estar sempre disposta a ajudar quem está com problemas foram características que me aproximaram desta personagem. Tudo bem que, quanto às atuações, Clarice e Gregório estavam apenas sendo eles mesmos, mas como na época das gravações eles eram casados, você percebe que os personagens tem sintonia entre eles e é gostosinho de ver. Dá aquele calorzinho no coração, sabe ?
Quanto aos coadjuvantes temos a Dani Calabresa interpretando a namorada paulista e superficial de Eduardo. Foi um papel bem mediano e bem esteriotipado, diga-se de passagem, o que me incomodou um pouco e acredito que aos paulistas também. Rafael Infante, também integrante do Porta dos Fundos, teve um papel importante ao ser o melhor amigo do protagonista, impedindo-o de que fizesse mais “burradas”, colocando os prós e contras de viver como Duca e de viver como Eduardo.
As piadas são bem engraçadas nesse filme e nada é muito apelativo. O filme tem uma fotografia linda, principalmente as partes filmadas no Rio de Janeiro, e nos faz lembrar na hora dos filtros do Instagram. Como eu havia dito antes, bem hipster! A única parte que eu realmente não curti no quesito da fotografia foi ter tratado São Paulo como algo mais triste e cinzento. SP também tem suas belezas, minha gente!
O filme tem um ritmo bom, a química entre o casal principal flui bem e, apesar de ser bem previsível, cumpre o papel de ser o filme “água com açúcar” que prometeu ser desde o início.
Confira abaixo o trailer de Desculpe o transtorno :
Bjo da Dayse 😉