
Antes mesmo de assistir o filme eu já estava com certo receio. Geralmente, spin offs de franquias bem sucedidas tem um desafio à parte para enfrentar: o de ser nostálgico para causar saudosismo nos fãs mais antigos, e inovar visando a conquista de novos adoradores. Ainda mais de uma franquia que faz parte dos clássicos do cinema americano como “Rocky Balboa”. O diretor Ryan Coogler realmente estava em um campo minado e cada minúcia poderia ser um desastre total. Felizmente, temos aqui um diretor jovem, porém sábio. Guardem este nome!!!
Ryan Coogler à esq. . Ainda vai brilhar muito esse cara! Escrevam o que eu tô dizendo.
SINOPSE
Adonis Johnson (Michael B. Jordan) sempre gostou de lutar desde pequeno. Filho bastardo de Apollo Creed, que faleceu no ringue antes de seu nascimento, Donnie percebe que a luta está em seu sangue e quer entrar no mundo das competições profissionais de boxe. Após não obter sucesso em arranjar treinadores, Rocky Balboa (Sylvester Stallone) decide treiná-lo e enquanto um luta pela glória, o outro luta pela vida.
OPINIÃO
Sabe aquele receio que eu comentei com vocês? Desapareceu a partir do momento em que vi Michael B. Jordan e seu enorme carisma! Adorei a interação dele com Stallone e o clima de família que se instalou em cena. O cara parecia ser feito para o papel de Donnie, e gostei como ele conseguiu imergir no drama do rapaz. E em Stallone, então? Deu vontade de levantar da cadeira do cinema para aplaudir o cara! Mesmo sendo coadjuvante, Rocky brilhou com sua história de superação e nem precisamos ver o cara nos ringues, como nos outros filmes, para saber que ele é um lutador tão sábio das técnicas, além de saber como desviar dos socos que a vida dá. Quem curte as cenas clássicas do antigo “Rocky”, também se emocionará ao revê-las e o contraste que temos com o passar dos anos.
O filme foi corajoso ao entrar com um roteiro diferente do que era escrito por Stallone nos “Rocky” anteriores, e Coogler imerge o público em universo com misto de hip hop, música eletrônica e personagens femininas fortes como Bianca (Tessa Thompson), que deixa qualquer marmanjo de boca aberta. Além disso, é muito lindo o romance dela com o Creed e a sintonia dos dois atores foi demais. Calma! É tudo na medida correta e nada fica cansativo.
Além de romance, comédia e drama na medida certa, o jovem diretor conseguiu usar e abusar das cenas de luta com ultrarrealismo, que causavam ansiedade nos nossos corações. Os mais sensíveis podem acabar não curtindo, mas deu gosto de ver as cenas em câmera lenta com impacto dos socos, das pesadas quedas ao chão, e de como os rounds parecem ser infinitos na ótica do lutador.
Um único ponto que achei um tanto negativo, foi a cena de Stallone no cemitério visitando o túmulo de sua falecida esposa. Cadê a emoção ali, gente? Poderia ter sido mais aprofundada.
Ah, não deixe de postar nos comentários a sua opinião sobre “Creed: Nascido Para Lutar”.
Bjo da Dayse 😉
Confira abaixo o trailer: